Discussão sobre o texto de Nelson Ascher e a réplica de Arnaldo Antunes

Não lembro de já ter lido a coluna do Ascher na folha de são Paulo algum dia. Como eu não o conhecia, procurei pesquisar sua trajetória profissional na internet após ler o artigo por ele produzido, artigo este que causou profunda indignação no musico Arnaldo Antunes.

Da analise inicial do texto a impressão que temos, visto que é um artigo produzido por um individuo que vive dentro do universo da comunicação, o que obviamente nos leva a deduzir que se trata de uma pessoa bem informada, é que o texto parece com um desabafo, sugere um ataque pessoal, oriundo de alguma desavença na vida particular ou profissional do autor de tão infundadas que suas indagações e reflexões se mostram.

Claro que podemos extrair do texto algumas das suas inquisições para reflexão, o Ascher utiliza de dois artifícios para desenvolver sua tese. O primeiro artifício é banalizar o problema ambiental e suas conseqüências futuras, a banalização inclusive, passa pelo questionamento das pesquisas, métodos científicos e dos cientistas que atestam o quão urgente são as medidas de contingência para a situação.
O segundo artifício do autor é questionar os meios que os “verdes” utilizam para atingir seus objetivos, meios como as proibições, imposições, desrespeitando os meios democráticos visto que são atitudes que de uma forma ou de outra modificam o estilo de vida de todos os habitantes do planeta, logo todos deveriam ter o direito a opinião.

Mas apesar de toda a sua veemência e criticas, ele se entrega quando diz “poucas décadas atrás, todas estas proibições mencionadas teriam parecido ridículas, quando não absurdas”. Ascher o mundo evolui.

O Arnaldo Antunes, no fogo da sua indignação começa por descredenciar o autor, baseando-se em artigos anteriormente escritos pelo mesmo. De uma forma segura e bem informada ele bate sem nenhuma clemência em todos os argumentos lançados pelo Ascher. O texto do Arnaldo é recheado de dados e fatos incontestáveis, para qualquer um que analise ou avalie, quer seja um “verde” quer faça parte do time do Nelson Ascher.